Quando a busca pelas conquistas nos desvia do verdadeiro
foco.
Essa veio de um antigo conto judaico.
Em uma vila bem pobre, um rabi (mestre judeu, geralmente um
rabino ou sábio) ia frequentemente pedir ajuda para os necessitados dos
arredores. Mesmo a maioria da população não sendo gente de grandes posses,
ajudava sempre que podia, pois sabia que o trabalho do homem era sério.
Eis que um dia, um rico cidadão de longe apareceu na vila
para visitar seus parentes dali. Já estava hospedado com a família por alguns
dias quando o rabi apareceu e foi ter com ele, falando dos pobres.
O forasteiro sequer fez força para esconder a indiferença em
seu rosto. Disse que não podia ajudar, pois tinha muitas coisas a resolver em
suas empresas e não tinha tempo.
O sábio ficou em silêncio por um breve instante. Logo,
chamou o visitante até a janela do cômodo em que estavam, e perguntou:
– O que vê através desse vidro?
O turista, sem entender direito, respondeu:
– As pessoas lá fora, na rua...
O rabi puxou o homem até um espelho na mesma parede.
– E agora, o que vê?
– Ué... A mim mesmo!
– Pois é. Veja como é a vida... Basta uma camada de prata
para que uma pessoa deixe de ver as outras e olhe somente para si...
Essa história, simples e antiga, embora de origem na
sabedoria judaica, também mostra a realidade de muitos cristãos. Vários desejam
riquezas e bênçãos, e não há nada de errado nisso, desde que sejam buscadas com
esforço e oração séria, compromissada.
O problema é quando, já com dinheiro, posses e conquistas,
essas mesmas pessoas perdem de vista seus semelhantes e, pior ainda, Deus.
Perde-se, a um só tempo, a ideia de comunidade (com as
pessoas) e de comunhão (com o Senhor). De nada vale ser próspero e poderoso
entre os homens, sem Deus conduzindo sua vida.
“São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela
põe a perder a alma dos que a possuem.”
Provérbios 1:19
Da Redação
arcauniversal.com
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